Cidadela
Dourada
03º Dia da 24º Colheita da 5º Era.
A Cidadela Dourada havia se constituído
como o maior reino de toda Akshar, reunindo as diversas nações aliadas, ocupada
por diversas raças e criaturas, as ruas da enorme fortaleza reluzente
fervilhavam em meio a um emaranhado de barulhos alucinantes. O som das carroças
deslizando sobre as ruas, o esganiçar dos vendedores, os pivetes correndo, as
armaduras e seus ruídos, o tintilar dos frascos cheios das mais diversas poções,
as canecas brindando e os arrotos mal educados eram apenas alguns dos sons que
preenchiam cada canto da enorme metrópole que parecia nunca sossegar.
Ao voltar os olhos para o longe era possível
apreciar as gigantescas muralhas dotadas da mais alta e cara tecnologia disponível,
uma enorme construção que combinava o máximo da engenharia, da magia e da
ciência em um único monumento. Vigiada 24 horas por dia, a muralha dourada
refletia a esperança das nações em resistir e sobrepujar os Deuses do Caos.
No centro da Cidade, num grande palácio
Dourado ilustres cidadãos vociferavam uns para com os outros em uma calorosa
discussão. Era o Grande Parlamento. Nele, cada uma das nações aliadas era
representada por um número proporcional de Senadores/Diplomatas, responsáveis
por coordenar a constante ampliação da cidadela, garantir os interesses de sua pátria e de
discutir as ações de combate à Expansão promovida pelo exército caótico. Em um
descomunal salão circular sentavam-se os Senadores em um total de 126,
divididos entre as 23 Cidades-Estado que constituíam a grande aliança dourada e
assinaram o pacto de RonWall, o acordo sócio-militar de cooperação mútua que
regia a aliança.
Sentado na extremidade do vasto
salão, Adry, o Tremere coordenava as discussões e exercia seu papel de
Cônsul da Cidadela. Dotado de um senso político invejável o Vampiro havia se
consolidado como grande líder da resistência ao Caos, e se mantido, por três
mandatos consecutivos como Cônsul e Governante da Cidadela. Com uma base aliada
forte, com um vasto arsenal de “segredos” que permitiam por vezes o
convencimento forçado de Senadores, possuidor de grande habilidade de barganha e um amplo "estoque de favores" a serem cobrados, o vampiro era um especialista, e diria, um
dos poucos capazes de fazer com que o Parlamento funcionasse corretamente,
evitando o desfazimento da Aliança e o colapso da Cidadela e da Resistência.
As reuniões estavam se tornando mais
freqüentes, o conselho de Guerra se reunia praticamente todos os dias, após as
vitórias em Munchr, Alfenrai e Moroe, o clima era de otimismo. No entanto, o
menor descuido poderia representar a ruína de qualquer um dos lados, o mundo
estava dividido, Akshar encontrava-se, no momento, fracionada em duas partes.
As nações de ambos os lados haviam se fortalecido, mas, era hora de ir além dos
próprios interesses.
Após três dias de intenso debate, a mais importante sessão ja realizada pelo Parlamento Dourado foi encerrada. Com a decisão em mãos, o Cônsul
levantou-se de sua cadeira, fitou os Senadores presentes e com um enigmático sorriso concluiu o que as nações
aliadas haviam resolvido:
- Nobres Senhores, apresento a vocês a decisão dessa
Egrégia Casa, em nome do Parlamento Dourado, consoante deliberado pelos Excelentíssimos
Senadores , representantes constituídos das nações aliadas, declaro acolhida a
proposta de iniciar a Operação Luz de Akshar. Em razão disso, estão temporariamente
suspensas as sessões, os representantes devem voltar e noticiar pessoalmente
aos seus governantes as decisões tomadas por esse parlamento e aguardar as
Ordens do Alto Conselho de Guerra.
O vampiro fez uma pausa observando a reação dos Senadores, e após alguns segundos prosseguiu:
- Queridos Irmãos, alegrai-vos, pois hoje, vocês decidiram não se abrigarem sob o confortável manto da covardia, alegrai-vos, pois hoje, a luz da sabedoria brilhou em vós e o raiar de uma nova esperança surgiu. É hora de resgatar nossos irmãos e tomar de volta o que é nosso. É tempo de batalhar por um novo mundo de paz e liberdade.
O vampiro fez uma pausa observando a reação dos Senadores, e após alguns segundos prosseguiu:
- Queridos Irmãos, alegrai-vos, pois hoje, vocês decidiram não se abrigarem sob o confortável manto da covardia, alegrai-vos, pois hoje, a luz da sabedoria brilhou em vós e o raiar de uma nova esperança surgiu. É hora de resgatar nossos irmãos e tomar de volta o que é nosso. É tempo de batalhar por um novo mundo de paz e liberdade.
Após
calorosos aplausos os senadores se retiraram ruma aos seus reinos, havia muito
o que fazer, o protocolo havia sido aprovado, o tempo de consolidação foi
superado, era hora de expandir.
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