“A
derrota só existe para as almas sem fé”
Um
único raio solitário de sol rasgou as densas nuvens negras quando aquela
misteriosa criatura surgiu em Shadow Falls. Montada em um enorme dragão rubro,
vestindo armadura completa e controlando a fera com toda a graça e ferocidade
de que um herói precisa ter. O rugir do réptil alado calou o campo de batalha,
seu assombroso poder levou temor ao coração não só do inimigo como também aos
aliados, todavia, isso não se manteve, tão logo perceberam ser um filho da
liberdade, os guerreiros de Shadow Falls tiveram seu ânimo restaurado para
prosseguir naquela batalha tão dificultosa.
O
cavaleiro condutor da imensa fera alada segurava uma poderosa espada envolta em
chamas brancas, enquanto o dragão rugia mostrando suas poderosas presas indo em
direção do Deus do Caos.
A presença do novo
herói era capaz de rivalizar com o poder do Deus em matéria de cura. Todos os
presentes sentiram a reiatsu do ser envolve-los num reconfortante calor, e seus
corpos se encherem de vida. O dragão derramou suas chamas na direção do Deus e
o Cavaleiro puxou-o para o lado e desferiu um poderoso golpe de espada que
refletiu numa onda de chama santa na direção do Deus.
Renovados
pela nova energia e encorajados pelo novo e misterioso reforço, Lascio e Alicia
se puseram em uma investida feroz. Com suas mãos dadas, e com os anéis
brilhando, avançaram cada um carregando consigo uma lâmina. Alicia sua adaga e
Lascio sua espada de energia. O bruxo saltou sobre a criatura desferindo golpes
rápidos em seu dorso e correu por seu corpo lutando contra os efeitos do Deus.
Alicia gritava furiosa lançando suas adagas que implodiam numa misteriosa
energia. Talvez a última investida, mas seria em nome de tudo que amavam. Will
estava por ali golpeando com sua espada divina também, demonstrando toda a sua
coragem por seu lar. Heygico seguia junto se preparando para junto aos
guerreiros presentes investir contra a imensa criatura num golpe que poderia se
o último.
"Você
está sozinho. Todos que você ama morreram. Do que adiantou tanto poder se
continua impotente de salvar até mesmo o seu cão elétrico? A culpa é sua.
Jordan, Charlie, Kyoia, Greg e todos que morreram... A culpa é sua." -
Dizia uma voz na cabeça do Lycan vermelho. Seus olhos pareciam orbs vazias e
assustadas. Olheiras negras envolviam seus olhos e o suor nervoso envolvia seu
corpo. Iceoth tremia em sua mão e o Deus do Caos rugia tentando apanhar seu
agressores e Red se mantinha de joelhos.
- A culpa é
minha... Sempre foi. Eu matei todos... - Dizia ele com lágrimas descendo dos
olhos. Estava louco, perdido na insanidade da culpa, medo e saudade. - A culpa é minha...
“Você não está
pronto para o verdadeiro poder. Durma, Garou e nós, seus antepassados,
lutaremos por você. "
- NÃO! EU NÃO
POSSO! - Gritou ele respondendo as vozes em sua cabeça.
Ele se perdeu
em lágrimas. Seus olhos derramavam a prepotência contida. Mas Red Truth tinha
poderes capazes a superar até mesmo Adryel, O Tremere.
O anel do
rapaz brilhou intensamente e a tecnomagia envolveu seu corpo. Uma dor
excruciante atravessou o seu corpo e ele caiu com as mãos apoiadas sobre a
espada. Levantou o rosto subitamente e seus olhos agora eram vermelhos, sua
boca era um poço de presas afiadas como adagas. Sua pele mutava em músculos e
pelo vermelho e um sorriso insano se formou em seus lábios.
- Se o meu
destino é perder quem amo, é a minha sina
matar quem odeio. -
Respondeu o
Lycan numa fusão de centenas de vozes. Ele disparou. Um raio rubro atravessando
o campo de batalha e uma explosão de energia de martelos se chocando contra a
pele morta do Destruidor. Um rugido similar a um de tigre se fez audível. Red
saltou para trás e uma saraivada de tiros saíram de sua pistola enquanto uma
nuvem de borboletas de papel envolvia o rosto de Grangenia.
- Uia. Que
festival lindo. Nunca havia visto tantas mortes e de formas tão distintas. A
minha preferida foi a do jovem loiro. Virou uma bolinha mágica de carne.
Huiahhiahaha. Acho melhor eu ir ajuda-los... O que acha, Ches? - Pergunto o Fae
para o gato em suas mãos e criatura miou e continuou ronronando. - Certo. Bem,
deixei comida na geladeira. Se eu morrer, vá caçar ratos ou se transforme num
assassino. -
Ele disse e
jogou o gato para o lado e o bichano grunhiu. O sorriso de Mad se abriu tanto
quanto suas asas negras.
Ele subiu
rompendo o teto da Catedral e pairando sobre a cidade como um guardião.
- GARGANTA!
Sua ameba monstruosa. Vamos brincar (:3).
Ele riu e suas
mãos se transformaram num misto de raíos e destruição negra. Ele avançou como
um legítimo filho de Riveriun. Seu corpo era um misto de raíos e chamas negras
e a cada batida de asas aumentava-se mais a densidade de sua técnica.
- ABRA A
GARGANTA, GARGANTA! UHAHAHAHA -
Uma explosão
aconteceu. O fae se chocou com tudo contra a bocarra da criatura e uma explosão
elétrica e de chamas envolveu o crânio de Grangenia.
- Então este é
meu derradeiro momento de mostrar minha devoção a ti, meu senhor? Que assim
seja. Mande-me, senhor, os Guardiões dos Céus para auxiliar-nos neste combate.
-
Disse o jovem
clérigo com lágrimas sutis de comoção pelos amigos. Sua reiatsu se elevou
ventos poderosos começaram a se fazer.
Ele se elevou
ao seus e olhou para o Deus da destruição.
- Enfrente o
exército sagrado! Por Shadow Falls, pela Luz! -
Dizendo isso,
centenas de espadas compostas de luz apareceram numa falange a frente de Ice.
Quatro luzes desceram dos céus, Anjos de Uno. Um pequeno Exército se lançou
contra o Deus do caos. As espadas sagradas junto dos serafins travaram uma luta
lendária. Ice elevou a mão esquerda aos céus e uma varinha apareceu em sua mão.
Sua magia envolveu seu corpo e se canalizou no instrumento e uma rajada de gelo
e vento foi em direção ao Deus.
"Então,
você me tirou do meu covil repleto de ouro para lutar com um Destruídor de
dimensões? Como concordei com isso?"
Indagou o
dragão para seu misterioso montador. Ambos voavam há uma certa altura, vendo a
série de golpes contra o destrutivo Deus, esperando o melhor momento para agir.
- Você não
concordou. Eu obriguei você a vir comigo. -- Respondeu a voz na mente do dragão
e a criatura rosnou não muito contente. Uma explosão rubra, outra negra e outra
alva. Era o momento.
O dragão
fechou as asas e ambos começaram a cair em parafuso. A criatura abriu a boca e
as mais quentes chamas envolveram o Deus do caos numa orb de fogo. A espada se
levantou novamente e desta vez as chamas sagradas aumentaram, fundindo-se em um
tornado de flamas alvas e rubras. A explosão de fogo envolveu o Deus do Caos.
Do outro lado,
Algustus e seus discípulos faziam toda a terra tremer tamanho era o poder da
Ordem da Rosa naquele momento. O chão abaixo deles começava a apresentar
rachaduras profundas. O Rei levantou sua espada e revestiu todo o campo de
batalha com trevas, deixou o monstro sem capacidade de enxergar, bem como os
guerreiros de Shadow Falls perdidos e também sem capacidade de visão. A ordem
da Rosa, por outro lado, ainda que imersa nas mais profundas trevas, sentiam-se a
vontade, é no escuro que os pesadelos florescem.
Alexander
bateu suas asas e se elevou alguns metros ao céu, o corpo inteiro do rapaz se
cingiu de poder e o que veio adiante foi uma demonstração colossal de poder,
Alex descarregou toda a sua fúria no inimigo invocando todo seu arsenal de
habilidades, a criança do deserto atacava tão furioso e tão devastadoramente
que o Deus do Caos em todo a sua grandeza não tinha a menor capacidade de se
defender. Gáingreina foi bombardeado de todas as formas possíveis, raios
negros, a foice de Saturno, as imensas habilidades do selo até por fim ser
engolido por um imenso oceano de areia dourada que mediante a uma saraivada de
fogo cristalizou-se prendendo a metade inferior da gigantesca criatura.
Alexander respirou sorrindo e sangrando, sua visão ficou turva e o garoto
começou a perder altitude até cair desmaiado no solo.
Death saltou
concomitantemente com a queda de Alex, o bruxo envolto em suas chamas vermelhas
invocou dois esqueletos e fez com que um sarcófago surgisse em pleno ar
liberando uma múmia, claro que, diante do Deus essas invocações eram apenas
poeira, todavia serviam como uma boa distração, o ordenado seguiu seu
devastador ataque, dessa vez fazendo surgir pontos luminosos vermelhos dentro
da imensa massa de escuridão, as chamas rubras do rapaz estavam em seus pés e
asas aumentando devastadoramente sua velocidade e em suas mãos numa absurda
sequencia de ataques. Não antes dele acabar, Shiro ergueu um voo leve, bailando
em meio a escuridão. Com Ignis em uma mão e seu bastão em outra a garota bateu
suas asas parada no mesmo lugar apreciando a cena. Então ele ergueu Levioté e
várias esferas de energia surgiram circundando a ordenada, esferas pequenas, em
um primeiro momento tidas como desprezíveis, a bruxa então mudou suas feições
um belo sorriso se abriu em sua face e um olhar travesso lhe tomou o rosto. Tudo
então ardeu em chamas, a garota parecia passear em meio a um mar de poder e
fogo, as pequenas esferas deixaram de rodear a menina para se atirarem contra a
criatura colossal a frente, fazendo-a cambalear. Shiro não se deteve, redobrou
o ataque, com mais fulgor, seu sangue ardeu e a cruz carmesim foi invocada
devastando ainda mais o monstra até finalmente ele ser levado à bancarrota,
desequilibrado e ferido seus joelhos se dobraram e ele caiu.
Ainda
respirava, ferido, cansado, mas, ainda era um Deus do Caos. Fazendo toda a
terra tremer, ela novamente se pôs de pé, apenas para ser derrubado pela
segunda vez. Illikan, Stummp, Riel e Kath seguiram para um segundo ataque. O
vampiro parecia se mover como uma sombra, tão rápido corria pelo campo de
batalha desferindo golpes com sua foice feita de energia escura, sim,
assemelhava-se a uma arma de sombras tão afiada e mortal quanto o mais
trabalhado metal da terra. A arma atravessava a pútrida carne do monstro
tirando ainda mais a estabilidade e expondo-o ainda mais internamente. Stummp e
Alurk vieram rodopiando, o dragão renascido cuspiu uma baforada de fogo azul
derretendo a já fragilizada carne do Deus, Stump gritou um “Thun-um”, um
estrondoso falar na língua dos dragões e fez um raio descer dos céus atingindo
em cheio a fera. Riel sobrevoou o cenário com uma risada louca, seus punhos
ferveram e novamente a criatura se viu envolta em chamas, dessa vez negras e
densas, sheólicas queimando-a e sugando sua vida.
Layla ativou
sua forma bestial e seu grimório, tornando-se um misto de dragão e águia
investindo contra a fera em um movimento de assombroso poder, sua lâmina rasgou
a pérfida carapaça do Deus e abriu um enorme corte por toda a extensão
abdominal da criatura.
Gángreina
parecia não acreditar, em seu âmago, o Deus sentia a vergonha de ser derrotado,
não aprisionado, não, ele estava experimentando algo que acreditaria que nunca
conheceria, a morte rondava sua alma, o filho de Skiés estava condenado, sua
vida se esvaia, o deus dos cadáveres e da podridão agora tornaria parte daquilo
que dominava, ele mesmo se via como um enorme cadáver, apodrecendo à céu aberto
e tornando-se alimento para a terra abaixo dele, a maldita renovação da mãe
Gaia, a habilidade de transformar tudo em vida, o que mais lhe doía naquele
momento era isso, saber que se transformaria em algo bom. Ele aceitou a morte,
sim, havia sido superado, a vontade dos novos humanos era muito superior à que
ele previa, porém, não iria se deixar ir assim. Decidiu no derradeiro momento
que levaria quem pudesse consigo.
Cambaleante, o
monstro rugiu, uma brado de quem aceita o destino e decide lutar por seus
objetivos até o fim. Em uma última demonstração de poder a criatura firmemente
levou a cabo o objetivo de causar o maior dano possível aos seus inimigos. Reunindo
o que restou de sua força ele avançou. Era absurda a elevação de seu poder, uma
habilidade devastadora, o Expurgar do caos.
- Parabéns
filhos da Liberdade! Filhos da Terra e herdeiros do criador. Vocês me venceram,
mas, será para vós uma vitória vã. Meus irmãos virão! Mais fortes, mais
poderosos, e me vingarão. Não há saída para vocês. Envergonho-me de cair ante a
seres tão estúpidos, ainda assim, levarei quantos de você eu puder ! – Disse a
criatura cambaleante avançando contra os muros de Shadow Falls, como se um
tanque de guerra fosse.
- ELE PLANEJA
DERRUBAR AS MURALHAS ! DETENHAM-NO !!! -
Bradou Granger, ainda sem compreender como estava vivia.
Os guerreiros
todos se opuseram à fera, era complicado acompanha-la, todavia as asas, os
feitiços auxiliares do magos, sua determinação, uma monção de coisas aliadas
dava a ele a capacidade de correr tanto contra o monstro em seu momento de ira
e de se interpor entre o deus e a cidade.
Gángreina
brilhou vermelho, uma aura rubra e densa cercava a criatura, seus inúmeros
braços lançavam raios e feixes de energia, em um frenesi furiosos a criatura
parecia implacável. Red saltou golpeando o chão e desequilibrando o monstro em
sua rota, Stummp e o misterioso cavaleiro de Shadow Falls se uniram em um
ataque celestial, uma dança de dragões fazendo chover fogo do céu e diminuindo
a velocidade da criatura. Algustus fincou sua espada no chão e correntes negras
gigantescas avançaram se enrolando por todo o Deus e o impedindo de avançar,
Layla correu por sobre um das correntes, Kath sobre outra e finalmente Death
bateu suas asas até alcançar o monstro. A tríade da Ordem então desferiu um dos
mais brilhantes ataques já narrados. Katherine usou sua visão vampírica para
identificar o ponto fraco da criatura, e sua grandiosa audição pra identificar
o cristal do Caos que dava vida àquele Deus, ela apontou.
- Ali, sinto a energia toda circulando a partir daquele ponto. – através do selo ela deixou os doutros dois cientes.
- Ali, sinto a energia toda circulando a partir daquele ponto. – através do selo ela deixou os doutros dois cientes.
Layla e Death
se entreolharam e definiram ir até o fim para deter a criatura, os dois elevaram
suas reiatsus ao máximo. As mãos no dorso da criatura tentavam de toda maneira capturar
ou evaporar um dos três, em uma dança complexa os corajosos anti-heróis se esquivavam
e buscavam achar um meio de chegar ao ponto fraco da criatura, todavia, quanto
mais tempo demorava, mais a habilidade do Deus envenenava seus corpos.
Katherine tomou a decisão. A vampira abriu suas asas e atacou propositalmente
os braços do monstro, uma isca, não há vitória sem sacrifício, ela sorriu ao
ser pega pelo deus.
- Enlace de
sangue – Ela fechou os olhos e disse enquanto uma verdadeira corrente de sangue
e trevas envolvia as mãos da criatura a consumindo, como se sugasse toda a
energia dela. Infelizmente, essa habilidade também exigia o sacrifício da
vitalidade de Kath.
Cabia à Layla e Death aproveitarem o momento,
a oportunidade criada com tão caro sacrifício, ambos avançaram, as espadas de
death se envolveram com energia das trevas e com toda a determinação, em meio a
urros de dor e bravura o vampiro desceu abrindo um caminho pela carne podre da
fera, porém, quanto mais fundo, maior os efeitos caóticos nos ordenados. Death
sentiu cada músculo enfraquecer, seus órgãos internos pararem lentamente e suas
células começarem a morrer, se destruindo de dentro para fora.
Algustus
redobrou a força das correntes, Stummp e o cavaleiro de Shadow Falls
continuavam o ataque aéreo com os dragões. Red, Alex, Dante e Heygico mantinham
um cerco a frente da criatura, a contendo com sucessivos ataques, ainda assim
ela conseguia arrastar lentamente o Rei negro e suas correntes, avançando para
as muralhas, tão focada e sobremaneira determinada a levar as o caos à Shadow
Falls derribando suas muralhas e atingindo os inocentes civis da cidade.
Heygico saltou, foi envolvido por inteiro com
sua couraça de pedra e sustentando sua arma bradou profundamente em um ataque
cheio de poder que, concomitantemente com o furioso ataque de Ice e Red fizeram
a criatura recuar. Tyler conjurou um grande bloco de gelo ao derredor das patas
da fera, impedindo-a de avançar, o corpo inteiro do bruxo começou a brilhar, o
mais avançado estágio de um elementarista. Seus poderes elevados ao máximo, com
as mãos no chão o chefe da CIME sustentou de forma sobremaneira grandiosa não
só as pernas da criatura congeladas como criou grandes estacas de gelo, que
mais pareciam Icebergs, detendo o avançar do monstro.
Porém, não era
um inimigo simples, embora Dragonsreach e Shadow Falls estivessem no ápice de
seu poder e num singular trabalho em equipe, ainda enfrentavam um Deus do caos.
Gáingreina rugiu e disparou outra centelha e raios arroxeados contra os
ordenados na expectativa de se libertar, em um movimento sacudiu a terra
desequilibrando os guerreiros. Um dos ataques atingiu em cheio Heygico e simplesmente
evaporou o guerreiro. Death saiu de dentro da fera após cavar um “túnel” na
carapaça da criatura, o vampiro lentamente viu suas asas enfraquecerem, um sono
terrível tomar seu corpo até desabar dos céus enquanto toda uma vida passava em
sua mente. Charlie, ressurreta e cheia de coragem se interpôs cheia de coragem,
pronta para deter a fera. Porém, um raio desceu dos céus em um eminente impacto
contra a garota. Então um campo de proteção negro surgiu no entorno da garota,
as trevas formaram uma parede, sem entender a menina novamente procurou a quem
agradecer e fitou o rei negro apontando sua varinha para ela com um olhar sério
e um fiapo grosso de sangue escorrendo do nariz.
Era preciso
por fim aquilo. Algustus rugiu e segurando as correntes as puxava pessoalmente,
enquanto seu corpo por inteiro sentia os efeitos e as dores de tanto esforço.
Dante correu em um salto e abrindo suas asas golpeou a face da criatura com
seus dois machados a fazendo urrar em ódio e dor. Layla por fim encontrou sua
oportunidade.
- Meu rei,
obrigado por tudo. Diga à rainha que sentirei saudades. – Disse ela na mente de
Algustus.
A garota
apontou sua lança para o Deus, respirou fundo, a cabeça da arma incendiou-se. A
garota saltou, quase que alçando voo, mirou firme, só teria uma chance.
Lembrou-se de toda sua vida, sorriu ao ver sua irmã. Sabia que era a coisa
certa a fazer, honrar seu rei e as memórias de Asami. Layla desceu como um
cometa de poder, a energia negra envolvia a ponta de sua lança, revestindo todo
o corpo da garota e criando uma calda, ela era literalmente um grande meteoro
de destruição e trevas, um estrondo, seguido por um rugido de morte ecoou pelo campo
de batalha.
O grande Deus
rugia sacolejando sua cabeça e em rugidos de desespero, o som ficou mais baixo,
a fera cambaleou até finalmente tombar. Era o fim.
Lentamente os
guerreiros da Ordem perderam suas formas do portão da purificação, renascendo,
ganhando um aspecto diferente de outrora. Suas almas e corpos haviam retornado
em sua configuração original, antes de reencarnar, num estágio de pureza, bem,
quase isso, eram almas renascidas da escuridão.
Algustus caiu
de joelhos respirando cansado, sua espada cessou a emissão de escuridão. O rei
fechou os olhos demonstrando um profundo pesar pela a perda de três de seus
discípulos. Um sacrifício heroico que garantiu a vitória na primeira batalha do
Caos.
O misterioso
cavaleiro de Shadow Falls pousou defronte ao monstro, desceu de seu grandioso dragão
vermelho e caminhou até Algustus. O filho da liberdade retirou seu elmo
revelando sua real identidade.
****
- Em nome de
Shadow Falls, agradeço sua ajuda, e renovo a honra de nossa aliança. Temos uma
dívida de gratidão com Dragonsreach. Sinto muito por seus discípulos. – Disse Lex.
Algustus fitou
a garota sem revelar nenhuma expressão.
- Existem
outros 16 deuses do Caos, 7 Diatorés e 4 Lordes. Essa foi só a primeira
batalha. Cuida para que sua cidade fique forte o suficiente para não precisar
da minha ajuda, e não exigir a morte das minhas crianças. – Algustus respondeu
com amargura.
Lex
compreendeu a dor do Rei, e não prolongou a conversa. Tinha muito o que fazer,
muitos corpos para queimar.
Charlie se
aproximou do rei serpente, tímida e temerosa a menina planejava agradecer a
intervenção providente do líder de Dragonsreach.
- Alteza?
Desculpe, eu gostaria apenas de agradecer por sua... – Algustus interrompeu a
frase da garota colocando a mão em seus lábios.
- Você me deve
sua vida duas vezes. Alexander te trouxe dos mortos, e eu impedi que você
voltasse para lá. Não o fiz porque você possui um rostinho bonito, a face
escura do criador sorri para ti. Quando as coisas se acalmarem, eu pedirei meu
preço. Procure-me em Dragonsreach. – O rei tocou a carne da garota e uma
tatuagem surgiu em seu braço.
- Agora vá.
Seus amigos precisam de você. – O rei se levantou seguindo em direção ao corpo
de Layla e Death, uma vez que de Kath nada havia sobrado.
Os membros da Ordem da Rosa haviam desmaiado
após o uso extensivo do selo. As divisões de resgate da Ordem estavam chegando,
um grupamento de 50 soldados vestidos de negro e dourado surgiu atravessando um
portal e batendo continência defronte ao Rei. A primeira divisão de resgate e
recondução da Ordem, apelidados de pétalas negras, especialista em extração,
cura e transporte de agentes e prisioneiros.
- My máster ? –
Gritaram todos esperando ordens.
- Recolham os
Ordenados. Todos eles. Seus corpos estão passando por um período de adapatação,
bem como suas almas, estabilize-os. Mantenha-os em como induzido. É tudo que
podemos fazer, torcer para que após vencer o caos, vençam a se mesmos e
permaneçam vivos.
De outra
feita, os filhos de Shadow falls voltaram ao normal. Os anjos, nephilins e
demônios abandonaram os corpos dos guerreiros terminando o período da forma
sagrada.
- Bom trabalho
filhos da Terra. Vocês se mostraram dignos, considerem nossa aliança renovada. –
Disse o representante dos Nephilins.
- Sois vós guerreiros
de grande poder, dignos de nossa ajuda. Provaram que estávamos errados, os céus
estão com vocês. – Sentenciou o representante dos anjos.
- O Sheol lhes
cumprimenta. Pela autoridade a mim investida, declaro, em nome dos 9 ciclos que
o submundo lutará ao vosso lado. – Sentenciou o representante dos demônios.
As três
criaturas divinas sumiram logo depois. Os ordenados olharam em volta e
observaram o cenário de pura destruição. Um colossal deus apodrecendo a 100
metros das muralhas de Shadow Falls, algumas centenas de corpos de soldados da
cidade da liberdade, os guerreiros dos batalhões de elite designados para
conter a ameaça e que deram suas vidas por seu lar. A terra estava devastada,
contudo um estranho processo já começava a ocorrer, uma renovação cíclica
proporcionada pela árvore matriz de Shadow Falls, transformando a matéria, o
poder ali liberado, o corpo do Deus do Caos, tudo, em vida. Ainda assim, seria
um processo demorado, levaria algum tempo até Shadow falls ver seus campos
floridos novamente.
Era o fim da
batalha. O começo da Guerra, o inicio de um novo tempo.